Poemas de Wellington de Melo
[A proto-M@quina]
[DOR]
antes do tempo
essa dor
que me rasga o estômago
que me acompanha
latente
a dor
de existir
insistente
a dor
de não
querer
a dor
mínima dor
de ser outro
de servir
apenas
a dor
que me querem
dor
essa dor:
mínima dor
da lucidez
[BOA VONTADE]
não alimenta
a paz
minha pena
é no caos
que borbulha
o líquido essencial
ferida aberta
açoite
que me faz
letra.
[A M@quina]
[LEVIATÃ]
"Bellum omnia omnes."
penso-te, M@quina,
Leviatã de meu tempo,
amada opressora,
esmagando naus cibernéticas
que persistem no sonho.
porque nos destruímos
te queremos.
& seguimos,
nave à deriva,
sob teu olhar
cinzento.
porque j@ não somos
te despertamos,
& desperta
nos enganas:
teu signo não é outro
senão o Caos.
Do livro [desvirtual provisório], Wellington de Melo, 2008.
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