QUARTO CRESCENTE
Ainda sou o cavalo selvagem
que tu sabias que eu era
ainda tenho essa lua de feitiço
me brilhando nas entranhas
e esses olhos de animal
à espreita.
Carrego ainda esse sentido estranho
nessa trama intrincada dos instintos.
No prazer e no perigo o meu contágio
desenfreada a minha liberdade
vem do sangue o meu conhecimento
salgado como o suor.
Ainda sou da mesma lâmina de aço
que te recorta o corpo. Do mesmo brilho
azul que te fascina. Da mesma fúria desmedida
de derrubar as cercas. E trago ainda as mesmas marcas
o mesmo gosto, o mesmo cheiro feroz
de terra e mato.
Ainda a mesma paixão me uiva dentro
quando é noite de verde e desespero.
Bruna Lombardi
[do livro "No Ritmo Dessa Festa]
https://www.facebook.com/brunalombardioficial
Algum paradoxo
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Só sonha quem tem fé
Só chega quando anda
Olhar só da varanda
Não gasta a sola do pé
Ser sempre muito forte
Não contar com a sorte
Focar naquilo que...
Há 2 dias